DANIELLE DE PIERI

Ela fundou a grife de acessórios Dani Depi há 15 anos, e aprendeu na prática o que é empreender.

Quem é você?

Meu nome é Danielle de Pieri, mas prefiro ser chamada de Dani. Tenho 42 anos e sou designer de acessórios. Tenho minha própria marca, a Dani Depi, há 15 anos.

Qual sua ideia de felicidade?

As pequenas realizações, que me fazem sorrir no dia-a-dia, são minhas fontes de felicidade e de bem-estar. Não acredito em felicidade plena, a todo instante, acho que a vida não é feita só de coisas boas. O olhar positivo sobre as coisas, isso sim, é o que muda tudo.

O que te inspira?

Saber que tenho uma filha, que é a minha empresa, e que consigo levantar um pouco a auto estima de várias mulheres, fazendo com que se sintam mais bonitas.

Quando você se olha no espelho, o que você vê?

Uma falta danada de colágeno (risos)… Como toda mulher, sempre acho que dá pra melhorar alguma coisa. Mas isso não tira o meu sono não, pelo contrário. Conquistar o meu espaço profissional e saber que muitas mulheres gostam do meu trabalho, coloca minha auto-estima lá em cima.

Como é um dia clássico da sua rotina?

Trabalho em média 12h por dia! Acordo por volta de 8h, tomo banho e vou para a empresa. Faço tudo lá, inclusive toma café da manhã por lá. Passo o dia entre criação e produção – gosto de acompanhar tudo bem de perto. No fim da tarde, cuido das redes sociais e volto para casa normalmente às 21h. É quando relaxo e fico um pouco com o meu marido… Depois, ainda faço minhas pesquisas.

Como você começou o seu negócio?

Me formei em Direito, mas não tinha vontade de exercer a profissão. Em paralelo, sempre gostei de acessórios, mas não achava nada bacana na minha cidade (Floripa). Resolvi fazer alguns acessórios para eu usar, e minhas amigas quiseram comprar. Logo depois, passei a vender em algumas lojas e, desde então, nunca parei um dia sequer. Estou há 15 anos empreendendo. Não é fácil, mas tenho muito orgulho da minha trajetória.

Quais os maiores desafios de empreender?

Começar do zero, sem dúvidas. Zero grana, zero contatos, zero experiência. Você precisa literalmente ir atrás de tudo, e na maioria das vezes sozinha. Depois, vem o resto: liderar e treinar pessoas, lidar com burocracias, concorrência desleal, e ainda abdicar de muita coisa pois você tem prazos de entrega. Aquela saidinha com as amigas sempre ficava para depois… Namorado? Nem tinha tempo de pensar nisso!

Quais lições aprendidas com a sua trajetória?

Muito simples: quando a gente quer muito, de verdade, alguma coisa, a gente tem que trabalhar duro para conseguir realizar. Não é fácil começar, mas tem que existir um começo. Comece, mesmo que você não tenha qualquer estrutura, e nunca se esqueça de onde veio.

Se tivesse tempo sobrando, o que gostaria de fazer?

Gostaria de ter outro negócio, um hotel para cachorros! Penso que, com minha experiência de empreendedora, seria mais fácil lidar com alguns dos desafios que passei com a Dani Depi.