Barbara Zwisler

Barbara Zwisler trabalha com terapias alternativas e encarou uma transformação pessoal, que mudou seu olhar sobre si mesma.

Quem é você? Qual a sua idade? O que faz?

Meu nome é Barbara, tenho 53 anos. Sou formada em engenharia, mas me encontrei como acupunturista e terapeuta integrada. É uma engenharia elegante, com a cabeça “louca” do ser humano. Nasci na Baviera, Alemanha, um dos lugares mais bonitos que já vi.

Você passou por uma mudança grande na sua vida nos últimos anos. Como tudo aconteceu?

As minhas mudanças são baseadas no meu peso. Já tive 110kg e já cheguei a 68kg, com altos e baixos. Toda vez que comecei a mexer meu corpo e cuidar da minha alimentação, tudo começou a mudar. Me rebelei contra muita coisa. Já chutei barraca para depois entender que não é tão fácil assim. Porém, fui evoluindo.

Temos várias crenças que aprendemos com o leite da mãe e nunca repensamos. Meu processo de mudança doía em alguns aspectos, mas foi muito liberador.

Barbara Zwisler

O que mudou na sua relação com a alimentação? Que hábitos alimentares você cultiva no seu dia a dia?

A minha relação com alimentação é complexa, porém consciente. Acordo, bebo água morna. Nossos almoços, na maioria das vezes, são muito coloridos. Compro basicamente tudo nas feiras. Conheço meus feirantes, os pequenos produtores que cuidam do seu quintal. Evito entrar em supermercado.

E a sua rotina de autocuidado?

Tem dias e dias. Não vivo sem alongamentos. Medito nem que seja só por cinco minutos, porque isso é algo a gente faz até no vaso. Como verdura, todos os dias. Acendo velas e incensos, tomo banho de ervas. Agora na pandemia juntei um saco de box.

Comecei a fazer mandalas de flor e reunir algumas mulheres para meditar: As Mulheres Descalças, um projeto pandêmico que me traz muita paz. Vou evoluindo. Precisamos de espaços seguros para nos encontrar.

As mandalas que cria no grupo “As Mulheres Descalças”.

Hoje, quando você se olha no espelho, o que vê?

Vejo mudanças da vida e um sorriso nos olhos.

Como é o seu trabalho com terapias alternativas e qual a importância do cuidado com corpo e mente?

Sou terapeuta integrada, vejo a pessoa como um todo no seu ambiente. O terapeuta coloca o corpo e a mente no lugar, acelera o processo de cura, ajuda na compreensão para facilitar o processo de autoajuda. 

Eu trabalho com acupuntura, que acho muito eficiente para equilibrar mente e corpo, parar dores, desintoxicar. Junto ventosas e moxa, massagem localizada. Às vezes é cromoterapia, pedras, reiki. Não canso de falar sobre alongamentos, alimentação e respiração, porque precisamos aprender como nos ajudar e fortalecer a nossa saúde na raiz.

Ventosa de fogo e moxa, ferramentas da medicina tradicional chinesa, que Barbara utiliza nas suas terapias.

O que te inspira?

Eu sou uma pessoa muito curiosa. Ao longo dos anos encontrei várias pessoas e vi várias cenas que me tocaram, tive conversas incríveis com pessoas maravilhosas e observei momentos lindos e trágicos que mudaram minha atitude. Hoje em dia entendo que sou igual ao meu pai, que gostava de puxar um papo curioso na rua. 

Qual terapia você recomendaria para a sociedade em 2021?

Qualquer terapia é válida se ela te traz bem-estar e muda seus hábitos para melhor. O importante é começar a se sentir, entender onde está errado e fazer algo para mudar. Alongar, respirar e se alimentar bem. Isso é nosso dever conosco, cada um por si.

Para você, o que é felicidade?

Quando a vida segue seu fluxo.

Deixe um comentário